Em paralelo ao projeto expositivo que celebra o centenário da imigração croata no Brasil, foi pensada e realizada uma espécie de trilha sonora que acompanha o projeto expositivo, de autoria do Yuri Behr. Para tanto, baseado nos três eixos que compõem a exposição, foram preparadas três obras eletroacústicas que podem ser acessadas através de QR-CODE.

Da mesma maneira que a exposição possui como fio narrativo a ideia de travessia entre o Brasil e a Croácia, parte musical também acompanha esse mesmo princípio.

Junto ao primeiro eixo, Dalmácia – Zona Leste, está a composição “Mjesto”. O lugar não é somente um espaço físico, mas também o lugar que se constrói pelas pessoas. Assim, a região da Mooca e Belém é o lugar onde a comunidade se formou e dessa maneira surge uma troca de imagens entre o lugar de origem e o lugar em que a comunidade se estabelece. Assim, após percorrer esse primeiro eixo, o visitante é convidado a ouvir a música e refletir sobre a sua experiência nessa primeira parte. Ou, caso deseje, voltar e percorrer novamente o espaço.

No segundo eixo; Entre memórias e pertencimento, a parte musical apresenta “Memória/Markeri”. Aqui já existem evocações de um tempo que passou, e ao mesmo tempo as marcas daquilo que ouvimos, do que nos foi legado, e de tudo o que construímos. É, portanto, a continuação da primeira parte.

No terceiro e último eixo: Travessias, trata-se olhar além mar. De onde viemos a para onde vamos. A música para essa parte é, portanto, “Mar/More”. Cada individuo possui uma história única, mas sempre há pontos que se conectam com outros viveres, outras histórias; e geralmente além mar. Não importa como se chame esse mar, ele possui muitos nomes, muitos trajetos. Porque foram muitos os que nos trouxeram até aqui. Essa última parte musical procura reconectar ao início, ao lugar. Aquele onde estamos, de onde partimos, e outro além do oceano.